O Banco Central (BC) colocou em circulação hoje (23)
as novas cédulas de R$ 10 e de R$ 20, que trazem elementos adicionais de
segurança como a marca dágua e o número escondido que já estão presentes nas
cédulas de R$ 50 e de R$ 100, lançadas em 2010. Elas trazem também o valor da
nota no canto superior direito, e, quando em movimento, varia da cor azul para o
verde e uma barra brilhante parece rolar sobre
ele.Esses elementos “dão mais segurança e facilidade para
o cidadão na hora de verificar a autenticidade das cédulas”, de acordo com o
diretor de Administração do BC, Altamir Lopes. Ele disse que a nova família de
cédulas vai conviver por um tempo com as cédulas em vigor, a exemplo do que
ainda ocorre com as notas de R$ 50 e de R$ 100. A substituição será gradual,
segundo Lopes, feita à medida que as notas antigas são retiradas de circulação
por causa do desgaste natural.O diretor do BC disse que “não há necessidade de as
pessoas correrem ao banco para trocar cédulas antigas por novas”. Além disso,
tranquilizou os usuários quanto à desconfiança de convivência dos dois desenhos
potencializarem o risco para os falsários. Ele sustenta que não aumenta o risco.
Ao contrário, “ao se agregar elementos de segurança tecnologicamente mais
sofisticados, dificulta-se a investida dos
falsários”.O diretor do Departamento do Meio Circulante do BC,
João Sidney de Figueiredo, acrescentou que desde o lançamento do real, em 1994,
não se registram incidências graves em termos de volume de falsificações. Mas, a
popularização das tecnologias digitais faz com que o BC e a Casa da Moeda se
preocupem em agir preventivamente, de forma a garantir a segurança do dinheiro.
Isso é uma realidade em todo o mundo,
ressaltou.De acordo com Figueiredo, o volume de falsificações no
Brasil não representa ameaça à economia, embora represente prejuízo
significativo para o cidadão que recebe uma nota falsa. Por isso, “é uma questão
de responsabilidade social aprimorar os mecanismos que permitem à própria
população verificar seu dinheiro com segurança”. Condição mais familiar, segundo
ele, nos países de economia estável, o que explica, por exemplo, a longa
vigência do dólar norte-americano, apenas com pequenas adaptações no
desenho.De acordo com Altamir Lopes, a substituição total da
primeira família do real será em 2013, com o lançamento das cédulas de R$ 2 e de
R$ 5, em data ainda a ser definida. Será tudo em papel fiduciário e com tamanhos
diferentes como ocorre com as notas em circulação. Segundo ele, os novos
equipamentos e insumos permitem a impressão de desenhos mais complexos e com
maior precisão, além de qualidade superior.
Ascon/jornal O Serrano
Ascon/jornal O Serrano
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