O aparecimento de casos de infecção pela Larva Migrans Cutânea (LMC), também conhecido como Bicho Geográfico, que provocou a interdição temporária da Ilha do Rodeadouro, em Juazeiro, deve levantar outras discussões sobre a atenção ao turismo na região. A primeira delas diz respeito às responsabilidades do poder público, tanto em Juazeiro como em Petrolina, responsáveis pela fiscalização e ações sanitárias em logradouros públicos.
De acordo com informações colhidas junto a barraqueiros e barqueiros que trabalham no Rodeadouro, nos últimos anos a presença do poder publico tem se resumido em recolher o lixo recolhido pelos barraqueiros dentro da área das barracas.
A falta de campanhas de conscientização e ações que demonstrem cuidado do poder público com o balneário, principal ponto turístico da região, acentuam o acúmulo de lixo em áreas não ocupadas pelos comerciantes, provocando mau cheiro e outros riscos aos frequentadores. A existência de apenas um sanitário público, num local que chega a ser frequentado por mais de 3 mil pessoas durante finais de semana no verão, vem transformando áreas isoladas da ilha em sanitário público.
Mas o maior exemplo da falta de atenção do poder público, no entanto, diz respeito a um serviço essencial: O tratamento da água. Sem esse serviço barraqueiros se obrigam a canalizar a água do próprio rio, através de pequenas bombas instaladas na área de banho, que se destinam a todos os serviços, inclusive o manejo dos alimentos. Promessa de longos anos, o projeto de construção de um sistema de distribuição de água tratada para a Ilha do Rodeadouro nunca saiu do papel e se constitui hoje no principal risco aos frequentadores, trabalhadores e comerciantes.
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